quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Estória de uma noite (03)


Talvez eu devesse ignorar que havia alguém lhe esperando do lado de fora. Deixar de lado o fato de ele ser mais alto, forte e sem duvidas muito mais atraente que eu. Um encontro inesperado e faz você virar a cara pro outro lado e desabafar. Que dia cu! O que você disse? Oi? Aconteceu algo? Nada não, apenas pensando alto Júlia. Eu te amo. Já conversamos sobre isso. Eu sei, mas pensei que algo podia ter mudado. Mas nada mudou continuo sendo um sádico e você uma vadia, o que tivemos foram apenas algumas esfregadas a mais em uns becos sujos, algo imundamente sexual. Imundamente sentimental pra mim, eu senti você e você me sentiu. Como nunca senti com ninguém. E então o que há de errado nisso? Não há nada de errado, esse é o erro. Você continua sendo um pervertido. E você me adora. É eu te adoro. Quem é o bonitão ali parado na esquina. Lindo ele, não acha? Uma beleza vai lá e ama. E o que eu digo? Diz umas sacanagens em seu ouvido, se não dormir com você, dorme comigo.

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Vais morder ou são só beijinhos?