terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Estória de uma noite (05)

A fome demora e devora, vem e come. Sei como funciona. Sei o que fazer. Cortar alguns pães, esfregar um tanto de manteiga e arranjar uma garrafa térmica que mantenha o café quente. O café esfria com o tempo. Ideal seria uma garrafa que nos coubesse dentro e que não esfriasse.  Resmungarei como se fosse de alguma forma especial.

Eu me lembro da gente se divertindo um no outro. Esqueço dos momentos descartáveis, dos beijos plásticos e dos abraços que não eram pirocópteros.  Então não deixa não nos deixe pra lá.
Quando for tua a minha hora, chega e toma. Limpa e abriga...e há briga que nos separa depois nos mata. Deixa-nos de novo frios. Em cantos separados, um lá outro acolá.

sábado, 24 de dezembro de 2011

O inferno são os outros, mas os outros somos nós

Na praça o velho atravessa a rua e chega ao outro lado. Lá não há anjos nem deus, só existem demônios vestidos de pessoas. Chorosos apressados andam pra todo lado e desgraçam a vida de quem esta abaixo. 

O Diabo, para o cristão Belzebu para os íntimos Satanás, anda tristonho e preocupado, morre de medo de perder o controle do inferno pra essa madrasta rígida e conservadora, vestida de bege e que só usa saias - Meritíssima Senhora Sociedade. Casada com o Papa, dá lição de moral ao povo e os ensina a ser crente.

Meninas com meninos queimem os terreiros junto com os sodomitas e maconheiros. De noite, depois de assistir o jornal nacional, põe um a um pra dormir com a doce leitura de algumas páginas da veja. Soldadinhos obedientes, virgens, comportados. Que mãe não se orgulharia de filhos assim? Para o rebelde tem o milho no canto da parede, dá-lhes um emprego medíocre e em troca um salário mínimo. Aprende.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Bilhete


Escreve um bilhete, uma coisa assim. Depois se arrepende, embola e joga no lixo. Mas por impulso, resgata e desamassa o bilhete. 

domingo, 27 de novembro de 2011

Estória de uma noite (04)


Ele não lembra ao certo em que esquina se conheceram, mas os faróis de Julia realmente deixavam seus olhos brilhando. Enquanto ela, sentada, vidrava os outros apartamentos procurando algo de imoral na janela de algum vizinho descuidado. O cigarro queimou seu dedo e Julia recobrou a si. Percebeu que estava sendo observada por Paulo, que pelo bolso da calça cutucava o membro enrijecido. Fez-se de boba e encenou uma falsa naturalidade que terminou os levando pra cama naquele fim de tarde de novembro. Ele gozou horrores e Julia, insaciável, voltou a olhar as janelas.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Estória de uma noite (03)


Talvez eu devesse ignorar que havia alguém lhe esperando do lado de fora. Deixar de lado o fato de ele ser mais alto, forte e sem duvidas muito mais atraente que eu. Um encontro inesperado e faz você virar a cara pro outro lado e desabafar. Que dia cu! O que você disse? Oi? Aconteceu algo? Nada não, apenas pensando alto Júlia. Eu te amo. Já conversamos sobre isso. Eu sei, mas pensei que algo podia ter mudado. Mas nada mudou continuo sendo um sádico e você uma vadia, o que tivemos foram apenas algumas esfregadas a mais em uns becos sujos, algo imundamente sexual. Imundamente sentimental pra mim, eu senti você e você me sentiu. Como nunca senti com ninguém. E então o que há de errado nisso? Não há nada de errado, esse é o erro. Você continua sendo um pervertido. E você me adora. É eu te adoro. Quem é o bonitão ali parado na esquina. Lindo ele, não acha? Uma beleza vai lá e ama. E o que eu digo? Diz umas sacanagens em seu ouvido, se não dormir com você, dorme comigo.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Com letra maiúscula


Ontem me irritei com uma coisa que li, achei de um fanatismo tão repulsivo a ponto de me fazer parar de girar e me perguntar o porquê que me incomodei tanto. Cinco minutos e parei de negar e me vi obrigado a admitir o quão religioso eu fui, eu sou - não quero ser. Já conheço a bíblia de cabo errado, digo de cabo a rabo. Eu li quase todas aquelas letrinhas, imaginei os monstros fantásticos do livro de apocalipse e cavalguei com os quatro cavaleiros. Imaginei Davi cuidando das ovelhinhas, e achei de um mau gosto só Jesus ter que acabar sendo preso numa cruz, mesmo com o spoiler da ressurreição no terceiro dia.

A certeza é que aos dezenove vejo a bíblia com muito menos brilho do que aos doze, quando mainha encontrou na igreja uma forma de me manter longe das drogas, do sexo e do rock in roll. Certa ou errada, eu realmente ainda não sei - mas sei que não funcionou por muito tempo. Sei que eu odiei tudo aquilo quando completei dezesseis, aos dezessete comecei a defender o direito de Judas no céu, aos dezoito ria enquanto o padre dizia a noiva no casamento como ela devia ser submissa ao seu marido (conforme a bíblia) e aos dezenove começo a questionar a existência de deus (com letra maiúscula). 

Tentei até virar ateu, mas apesar de todas minhas discordâncias com a bíblia sagrada (?) me recuso a desacreditar na existência de uma força ou conselho superior, seja divina ou alienígena. Acredito em algo que não sei ser o que a maioria chama de deus (novamente com letra maiúscula), e caso seja acredito que ele (com letra maiúscula, por fazer referencia ao deus com "d" maiúsculo) deve estar muito puto (com todo respeito) com as coisas que escreveram, fizeram e andam fazendo em seu nome. Amém.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Estória de uma noite (02)



Olhou fixo nos olhos do vizinho após ouvir o copo bater o cu na mesa. Mais uma! Copiava o diálogo numa tentativa de atrair a atenção do estranho que hora lhe mirava. Os olhos continuaram a conversar enquanto o fígado queixoso inutilmente tentava defender-se.
...aqui o meio tempo...
Nos olhos conheceram-se suficientemente a ponto de que na saída espremiam-se contra a parede e em vinte e nove beijos trocaram os corpos. Entrelaçados choraram um sobre o outro e sujaram-se até o amanhecer, quando deu a hora de suas vidinhas. Na despedida, um se fez novamente dois.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mal nenhum

Já é quase fim de mês e mamãe não entende porque não voltei pra casa ainda. Meu filho quando você vem me ver, disse mãe talvez no próximo sábado, mas existem outras coisas. Eu ando me alimentando mal, perdendo noites na internet e o álcool voltou a me assombrar, mas mãe fique tranquila. Eu vou ficar bem, tem aquela menina que te contei outro dia por telefone. Ela ainda não disse que me ama, mas eu vejo em seus olhos mãe, ela é a garota certa pra cuidar de mim.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Vide a bula

É igual a quatro o número de mundos existentes entre duas pessoas: o mundo na visão de A, o mundo na visão de B, o mundo C (a intersecção dos mundos fictícios de A e B) e o mundo D que é o que chamamos de mundo real. Então é sempre válido pensar duas ou três vezes antes de sair por ai compartilhando suas conclusões. Freud deve explicar...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Quarta-feira de cinzas



Amava demais e um dia se meteu na frente daquela bala perdida que ia de encontro ao seu amor, caiu de joelhos baleado. Foi recebido no inferno pelo capeta que sorridente resmungava uma marchinha de carnaval.



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Estória de uma noite

Quisera eu continuar a ser usado por aquele corpo que deveras me continha, e me chamava e eu ia. No pulso o relógio já batia pra lá das duas da madrugada, quando dei por mim só havia eu. Largou-me sozinho, na porta do bar sem minhas meias vermelhas com pintinhas amarelinhas. 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Todo carnaval tem seu fim


O fato é que nessa história não fui eu quem começou a amizade e errei ao dar corda para o romance. No fim do era uma vez e no momento do viveram felizes para sempre cada um dos personagens deu fim ao que começou. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Testamento

"... e para Orlando deixo meu coração baleado", escreveu, Julinha, no bilhete suicida. 




Texto do Eduardo Araujo,  "Quartinho de despejo criativo" 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Todo carnaval tem seu fim


Eram gritantes as diferenças que me faziam crer que não daríamos certo juntos, mas as vezes acho que não foram as diferenças que nos separou, mas sim minha falta de fé.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um remédio para a falta de coragem


Vi seu recado dizendo que tinha encontrado alguém que não via há muito tempo, pelo tom da conversa percebi que havia acontecido alguma coisa entre eles no passado. Nossa como eu torci para que algo acordasse, uma paixão antiga seria algo ótimo pra nos separar.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Hoje a noite

Sentado no chão, agasalhado. Fones no ouvido, à noite esta quieta.
- Leonardo. Leonardo! (chamaram no portão)
Leonardo não sou eu, deve ser um dos meus vizinhos louquinhos. Os dois dividem a casa colada a minha, recém-chegados. Às vezes me assustava com os gritos, depois passei a rir com eles. 

Tirei o casaco, joguei na cama vazia debaixo do beliche. Essa já foi ocupada por uma amiga minha que passou uns tempos cá comigo. Quando chegou fez questão de lavar o banheiro e varrer a casa, uma maravilha essa menina - pensei comigo. Nunca mais tocou na vassoura, mas insistia em dizer que sem ela a casa viraria um chiqueiro. Foi embora uns trinta dias depois e deixou esse vazio que agora ocupo com travesseiros, malas de viagem, livros, pacotes vazios de biscoito, roupas usadas e agora meu casaco - uma bagunça que só.

A rua está quieta agora. Não tem ninguém chamando Leonardo, a chuva que antes caia cessou e o único ruído que ouço é de um carro que parece ter passado pela rua principal e pelo som, que acompanhava o barulho das rodas, passou por uma das poças de lama e sujou uma casa - uma qualquer, não a minha. A parede de minha casa está limpa, apesar de ter uma poça cinza de lama na frente, graças à montanha de materiais de construção que fecha a rua os carros não passam por aqui. Só passa gente. A maioria é gente de bem, mas teve lá um dia em que um malandro deu as caras por aqui e entrou na casa da vizinha e não demorou muito para que a polícia chegasse e levasse o danado que passou de cabeça baixa pela frente dos homens agressivos que não se contentavam em xingar apenas ele - sobrando também para sua infeliz mãe. Esse episódio foi realmente traumatizante, nesse dia só pude dormir tranquilo depois de pegar a panela de pressão e colocar na cabeceira da cama. 

A rua continua quieta. O cd que tocava a uma hora atrás começa a repetir as músicas e começo a me entediar. Ninguém chamou Leonardo, nenhum carro passou pela rua, nenhuma casa foi suja. Agora só ouço o tic-tac do despertador, presente de mamãe. Ganhei depois de comentar que o inútil do meu celular havia deixado de despertar mais uma vez, me fazendo perder o ônibus das oito e me obrigando a pegar o das nove que graças a deus passou as oito e quarenta e cinco e não me deixou chegar muito atrasado. 

Já passam das dez e começo a sentir a necessidade de fazer algo produtivo. Assistir um filme, talvez ou quem saiba ler um daqueles livros e artigos que há muito venho enrolando para ler. Vou assistir um filme, depois tomo café e se ainda estiver sem sono procuro algo pra ler. Letras miúdas sempre me deixam sonolento.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Todo carnaval tem seu fim


Agora deve estar maquinando mil e uma coisas na sua cabeça. Achando que tem algo errado, que me arrependi e que não quero mais estar com ele. Amanhã vou mentir, dizer que esta tudo bem e que nada mudou.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

PL 122

Eu voto a favor da aprovação do Projeto de Lei 122. Voto a favor, pois sou contra qualquer tipo de preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero.

Voto a favor, pois quero que casais homossexuais tenham suas relações reconhecidas e seus direitos assegurados pela lei. Há quem vote contra devido à religião, educação recebida ou pelo simples desejo de continuar agindo com preconceito sem que receba a devida punição, respeito à opinião dessas pessoas, mas voto contra elas.

Voto contra o argumento de que "não tenho nada contra os homossexuais, sou contra o homossexualismo" discordo, pois acredito que isso é o mesmo que dizer "não tenho nada contra gatos, sou contra os seus miados". Não admiro quem não tem peito pra dizer que não aceita o homossexualismo sem ficar dando voltas, dizendo que não tem nada contra, mas continua falando mal em suas "cozinhas".

Voto contra quem vota contra o projeto, pois a igualdade é um direito de todos, e o fato de alguém ter um direito seu reconhecido não me prejudica em nada. E por fim voto a favor do projeto, pois concordo com cada palavra dita pelo ministro Joaquim Barbosa em sua argumentação no Supremo Tribunal Federal: "Estamos aqui diante de uma situação de descompasso em que o Direito não foi capaz de acompanhar as profundas mudanças sociais. Essas uniões sempre existiram e sempre existirão. O que muda é a forma como as sociedades as enxergam e vão enxergar em cada parte do mundo".

sexta-feira, 4 de março de 2011

Loucura


Os loucos me atraem de uma forma especial. Provavelmente por estarem quebrando regras o tempo todo. Pessoas previsiveis não surprendem, guardam o imprevisivel para si e não compartilham com os que estão a sua volta - quanto egoismo.

Nem me lembro a quantidade de vezes que estava andando perto da grama, com meus amigos ,e de subito deitava na grama e ficava olhando para o céu - só porque deu na telha. Se pendurar numa arvore, pular de um lugar alto, sussurar uma música que não existe, achar graça de coisas aparentemente comuns. Porque se privar de tudo isso?

Eles ficam rindo do carinha que veste saias longas, daquela menina que fala sozinha, e da velhinha que cata lixo. Mas quantos param pra tentar entender o porque dessas pessoas agirem assim? E ainda que não haja explicação, porque continuar rindo depreciativamente dos nossos loucos? Se é que eles é que sejam loucos...

Acredito que se fizéssemos as coisas que nos vêm a mente, sem nos preocupar com o fato daquilo fugir a ordem convencional das coisas, seriamos mais felizes e o mundo um lugar melhor.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Por menos vacas no mundo


"...lembro que quando era criança fomos com os professores a um grande abatedouro, para conhecer seu funcionamento. Havia uma area destinada ao abate do gado, e ao ver uma vaca se ajoelhar antes de morrer, fiquei chocada, pois a mesma parecia esta pedindo que não fosse morta. Depois disso parei de comer qualquer tipo de carne." Nicolle Melo

Nicolle foi a minha primeira amiga vegetariana e sempre achei legal o fato dela não comer carne. Não comer carne é ecologicamente correto, além de trazer vários beneficios para a saude. As pessoas costumam reclamar que não conseguem parar de comer carne pois elas já fazem parte de sua dieta a muito tempo e que não é fácil adaptar-se a uma dieta livre delas. No entanto, existem inumeros tipos de saladas que podem substituir tranquilamente o consumo de carne. Digo isso porque já faz quase um ano que venho reduzindo o consumo de carne na minha alimentação e na maioria das vezes não sinto falta da carne, e só não afirmo que me tornei vegetariano pois confesso não resistir a convites para churrascos nos finais de semana.

Não penso em erradicar o consumo de carne da minha dieta, no entanto é importante que cada um faça a sua parte e caso você, assim como eu, não consigo eliminar completamente a presença de carne no seu prato, ao menos reduza o consumo e crie hábitos como por exemplo não comer carne nas segundas-feiras, acredite faz toda uma diferença.

Casa Limpa

Livre-se dos nossos assuntos pendentes, se não der para resolve-los, vamos ao menos dá-los um caminho.
Faça isso, porque eu o farei. E finalmente poderemos sorrir. Sim. Passaremos quinze minutos sorrindo ou até mesmo mais. E quando te encontrarem na rua vão te perguntar o porque desse sorriso, apenas disfarce, e mesmo que insistam diga apenas que acordou de bom humor. Farei o mesmo. Daí então, seremos a calmaria desse mundo e talvez pessoas felizes.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Catalepsia Projetiva


Abri os olhos mas não conseguia mover um só musculo. Conseguia apenas ouvir o som da tv, e o fato de tudo que eu estava ouvindo parecer tão real fez-me descartar a possibilidade de tudo ser apenas um sonho. De fato eu estava acordado, ou pelo menos minha mente estava.

Pouco a pouco aquela situação ia me aflingindo cada vez mais e eu desejava, como nunca, mover pelo menos o menor dos meus dedos. Tentava e tentava, inutilmente. Tudo ficou pior quando comecei a ouvir passos, estranho - já estavam todos dormindo.

O medo começou a tomar conta de minha mente, sentia que estava cada vez mais próximo. Perdia o ar lentamente e percebia os batimentos acelerados do meu coração - achei que morreria em instantes. Derrepente retomei o controle do meu corpo e levantei assustado, com medo de cair no sono e ficar novamente preso.

Politica


No ultimo dia 11, frente aos protestos do povo egípcio, caiu o presidente do Egito Hosni Mubarak. Assistir a história acontecendo fez com que eu refletisse mais uma vez a respeito do quanto nós brasileiros nos omitimos frente as atuais injustiças resultantes da política corrupta instalada em nosso país. Comportamento esse que vai totalmente contra o adotado pela juventude brasileira em outros momentos de nossa história.

Comumente assistimos nossos governantes surrupiando dinheiro público e cometendo abusos de causar repúdio a qualquer cidadão de bem. No entanto, na maioria das vezes, nos resumimos a meros expectadores apáticos conformados com essa triste realidade, a qual a maioria julga não haver saída, em qual se encontra o Brasil.

As vezes começo a tentar articular alguma forma de protesto, mas nunca levo a idéia adiante. Acho que a falta de refletores me desanima. Sendo assim fico com essa vontade de mudança presa, sem saber o que fazer com a mesma. Não quero acreditar que a politica no Brasil não tem mais jeito, no entanto fica cada vez mais complicado não tornar-se acomodado com toda essa bagunça, e pouco a pouco nos tornamos uma geração sem peso na história.