sábado, 18 de agosto de 2012

Ato 15: Uma cama, uma porta e um pouco de paz

Fecho a porta do quarto para não sentir tristeza. Impeço o vento e me agarro a algo que encontre. Ela não me assusta, mas tenho medo de voltar para aquela casa. Preciso de uma porta para fechar mesmo que o inverno tenha acabado. Eu não quero encontrar ninguém quando atravessar o corredor até o banheiro. Eu estou irritado e não posso voltar a ficar naquele lugar cercado por aquelas pessoas que queriam o meu sangue na mesa. Eles precisam sair, me deixar com alguma paz e sem lágrimas. Cruzarei o oceano voando e seguirei inconsciente até lá. Preciso de uma cama para dormir por alguns dias, depois eu quero ir embora pela janela e não esbarrar em ninguém. Com algum dinheiro no bolso e pouco juízo na cabeça. Meus ouvidos estão calados, agora mete a tua língua.


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