quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ato 07: Abandone a sua fé em meu nome

Abandone sua fé em meu nome. Sua voz ainda vomita tristeza, mas espero que supere isso.  Espero que o sonho da noite passada não tenha sido uma visão, apenas um sonho ruim.  Algo a ser esquecido. Olhe para mim, veja minha falta de otimismo. Você precisa estar disposta, precisa encontrar a pessoa boa que lhe conte coisas certas. Não há nada que precise ser mudado. Estou decidido e quero estar a salvo. Quero que esteja comigo. A plenitude só é vivida em pares.   Vamos conversar abertamente. Dessa vez sem facas, estiletes e espingardas.  O telefone vai voltar a tocar zilhão de vezes. Você não precisa estar zangada sempre que eu disser alô. Não é tarde para tentar entender o que eu digo. Minha sanidade mental está a salvo e não estou sobre efeito de entorpecentes. Quando chega a sexta-feira me pergunto se será amanhã que você virá me visitar. Eu nunca sei dos seus planos e talvez você não os tenha ou não os ter seja o plano. Ando pessimista e incerto quanto o amanhã e essa situação me consome todo o tempo em que insisto. Espero que sobre um tanto de mim que se dê para alimentar um punhado de vermes quando a morte vier. Espero que a morte espere até que você entenda. Que estejamos acertados um com o outro como em dias atrás que foram, mas ainda não voltaram.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vais morder ou são só beijinhos?