Hoje é o sábado em que você me visita. Feche a porta
da geladeira e não me chame para conversar. Eu queria mais e sei que tem para
me dar embora não esteja disposta a fazê-lo. Você me contou um sonho hoje
e eu disse vai - siga em frente não espere que aprovem. Sempre fiz dessa
forma e a moeda com a qual fui pago poderia ser causa de tornar esse o momento
em que deixaria de fazê-lo. Sei que se quisesse você não ignoraria que o que
digo é o que também gostaria de ouvir - é pelo o que luto e espero. Se não
trocamos palavras feias, foi porque não encaramos o que não merece voltar a ser
encarado até que os astros estejam alinhados ou ao contrário. Quando for hora
darei então a liberdade ao riso e em você um sincero abraço. Por agora
seguiremos um tanto sem espontaneidade, com beijos e outros carinhos obrigados
a quem deseja de algum jeito manter-se ligado ao outro. A bolha de tensão
ignorada e que não estoura. Tira as tuas amarras e deixa que eu tire as
minhas, eu te permiti agora me permita.
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Vais morder ou são só beijinhos?